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História da Paróquia de Santa Ana

Foi na metade do século XVIII, que tudo começou, quando um colonizador português (cujo nome a nossa história não registrou) mandou edificar uma capela dedicada a sua santa de devoção, a Senhora Sant’Ana, pós receber do Donatário de Itamaracá Pero Vaz de Souza uma sesmaria. O sentimento religioso impulsionou o rico fazendeiro a contratar um sacerdote para dar assistência religiosa aos poucos moradores do lugar.

Só em 1757, é que a solicitação foi atendida pelo Regente Eclesiástico de Olinda D. Frei Luiz de Santa Tereza, sendo enviado ao lugarejo o Vigário José Inácio Teixeira, aos 24 dias do mês de novembro do mesmo ano, formando por Ato da Mesa da Consciência e Ordens, a Freguesia ou Curato de Sant’Ana, bem como, a Paróquia, que recebera o mesmo nome.

O Cura José Inácio Teixeira, encantou-se com a paisagem, classificando o local de majestoso, pois ata havia “árvores de ouro”, referindo-se as flores amarelas dos paus-d’arco (ipês), dando origem ao nome do futuro município com a seguinte frase: “Este sim é um bom jardim! Sítio que possui árvores de ouro que os outros sítios não possuem. Será este lugar de hoje por diante chamado de Bom Jardim!”

A partir desta conotação, a cidade de Bom Jardim começara a desenvolver-se em torno da Capela de Sant’Ana, construída à moda européia em cima de um monte, de onde surgiram as primeiras casas da vila em forma de um quadrado com uma população de quinhentos habitantes.

Pelos fins do XVIII, o lugarejo ficara conhecido em todo o Agreste de Pernambuco, uma vez que o local onde estava instalada a capela próxima à fazenda do Sesmeiro do lugar, tornara-se o ponto de referência da mais bela e hospitaleira acrópole da Capitania  Pernambucana, que comercializava algodão entre os tropeiros do Sertão da Paraíba com os Mascates do Recife.

O desenvolvimento do povoado está ligado intrinsecamente com a fundação da capela cuja religião católica fora responsável pelo processo de colonização da futura Instância, que crescia progressivamente em torno do templo religioso dedicado a Sant’Ana, que se tornou padroeira da comunidade.

Com a transição do século XVIII para o XIX, vários fatores levaram a solidificar a história local quando Bom Jardim recebera os Foros de Distrito no ano de 1800, estabelecendo sua autonomia como um povoado aguerrido em busca de sua distinção política, recebendo do Governo do Império do Brasil a carta magna de Emancipação no ano de 1871.

Esse fator, impulsionou mais uma vez o desenvolvimento do município quando em 1874, uma Companhia italiano, dirigida pelo Frei Cassiano de Messina, veio reconstruir o templo da Matriz de Sant’Ana que se tornara pequena para os moradores do lugar que aumentava a consideravelmente. A reforma da igreja veio a ser concluído no ano de 1876, com uma construção imponente, em estilo toscano, filiando-se praticamente, sem exceções a outros exemplos coloniais, a um só partido de planta: a Matriz tem fachada para o poente e mede 44 metros de comprimento por 20 de largura, com nave única, com telhado elevado e com corredores laterais respondendo a necessidade de uma circulação, com o coro alto sobre a entrada, o coro e as torres sineiras, cuja planta poligonal ou circular revela um raro modelo de igreja com nave única e capela-mor profunda.

Os adornos dos altares foram inspirados na concepção clássica italiana. Foram esculpidos santos em madeira com detalhes nas vestes em ouro com exceção de duas imagens de pedra sabão em tamanho natural, uma autêntica réplica das imagens dos santos Pedro e Paulo do Vaticano, para a ocupação dos altares externos ao lado da porta central da Igreja. Um grande trono com vista frontal para padroeira, única imagem folheada a ouro do século XVIII. E aos pés, o sacrário com o Santíssimo Sacramento, simbolizando a intercessão a seus devotos. Grandiosas pinturas orgânicas para harmonizar os painés pintados no templo. Foram também utilizados na reconstrução da igreja mármores portugueses que fora aplicado no piso da capela-mor, no lavabo e na pia batismal.

Os Presbíteros

 

Muitos foram os sacerdotes que passaram pela Paróquia de Sant’Ana, desde sua fundação em 1757. Entretanto, no princípio do século XVIII, o lugar já havia recebido catequese de missionários providos de Olinda e da Europa.

Os sacerdotes que aqui fixaram residência, também exerceram seus ministérios em outras localidades, visto que a Paróquia de Sant’Ana possuía grande jurisdição eclesiástica, estendendo-se até a cidade de Taquaritinga do Norte.

Muitos daqueles vigários possuíram padres coadjutores ou cooperadores que, durante a ausência do titular, assumiram aos trabalhos catequéticos da Paróquia.

A seguir, relacionamos os presbíteros que fizeram parte da história religiosa da Paróquia de Sant’Ana, de 1757 até 2007. Convém informar que algumas datas referentes ao tempo do governo paroquial de alguns sacerdotes, não foram encontradas nos livros de tombo da igreja.

 

  • Padre José Inácio Teixeira – Primeiro Vigário de Bom Jardim, assumiu a paróquia em 1757 com a criação da Freguesia de Sant’Ana, por autorização da Mesa de Consciências e Ordens.

  • Padre Manoel da Mota Silveira – Filho de Bom Jardim, fora o segundo presbítero de nossa cidade. Seu trabalho missionário data de 1800 a 1850.

  • Padre Antônio Higino de Holanda Cavalcanti Chacon – 1850

  • Padre Getúlio Augusto da Costa

  • Padre Manoel Idalino Fernandes de Souza – Cooperador

  • Monsenhor Marcolino Pacheco do Amaral – Vigário Capitular

  • Padre José Francisco da Silva Borges – 1870 a 13 de março de 1898

  • Padre Fabrício Amaral – Cooperador do padre Borges no ano de 1874 a 1876. responsável pela reconstrução da igreja em 1876.

  • Padre João Pacífico Pereira Freire – Filho do senhor de engenho, nasceu no dia 5 de junho de 1859 em Jaboatão dos Guararapes, foi ordenado a 10 de março de 1888 e faleceu em Bom Jardim no dia 18 de dezembro de 1936, sendo sepultado no cemitério local. Viveu quase meio século a frente do governo paroquial desta cidade, de 5 de junho de 1898 a 21 de fevereiro de 1932.

  • Padre Manoel Gonçalves da Costa Lima – Filho de Bom Jardim, fora vigário cooperador do padre João Pacífico de 1914 a 1915.

  • Padre Virgílio Estanislau Afonso – Fora cooperador do Padre João Pacífico em 1925.

  • Emits Guararapes - foi ordenado a 10 de março de 1888 e faleceu em Bom Jardim no dia 18 de dezembro de 1936, sendo sepultado no  Padre Renato Corrêa Guedes – Assumiu o cargo de sacerdote cooperador do padre João Pacífico de 1929 a 21 de fevereiro de 1931.

  • Monsenhor João da Mata de Andrade Amaral – Foi pároco de Bom Jardim em 21 de fevereiro de 1932 a 6 de setembro de 1934, sendo elevado ao cargo de Bispo de Cajazeiras e depois de Niterói no Rio de Janeiro.

  • Padre Júlio Barbosa de Moura – Assumiu a Paróquia de Sant’Ana no dia 31 de dezembro de 1935 a 9 de setembro de 1939, recebendo o título de Pároco inamovível.

  • Padre Hernandes Zeferino Rodrigues da Silva – Foi cooperador do padre Júlio Moura, no ano de 1938.

  • Padre Otto Sailler – Assumiu a Paróquia de Sant’Ana no ano de 1939, substituindo o padre Júlio Moura.

  • Padre Luiz de Gonzaga Vieira de Melo – Cooperador do padre Otto Sailler no ano de 1939.

  • Cônego Antonio Gonçalves de Souza – Nasceu no dia 7 de junho de 1900, na cidade de Timbaúba. Assumiu a Paróquia de Sant’Ana no dia 9 de agosto de 1939 até 1977, por motivo de doença, faleceu em Bom Jardim no dia 17 de dezembro de 1979, após 56 anos de vida sacerdotal. Em Bom Jardim, viveu seu apostolado com muita eficácia, sendo responsável pela evangelização de várias gerações de bonjardinenses. No dia 28 de janeiro de 1942, recebeu o título de Pároco Inamovível. Foi exemplo de santidade para todos os fiéis que o correspondia com muita reverência e amor.

  • Padre Theodoro Gerhandus – Cooperador do cônego Antônio Gonçalves de 12 de junho a 13 de setembro de 1941.

  • Monsenhor José Maria da Silva – Padre cooperador da Matriz de Sant’Ana, substituiu o cônego Antônio Gonçalves após seu período de doença no ano de 1978.

  • Cônego Antonio Leitão de Melo – de 15 de novembro de 1979 a 2 de janeiro de 1983.

  • Padre José Raimundo Barbosa de Araújo – De 7 de janeiro de 1983 a 22 de março de 1990.

  • Padre Manoel dos Reis de Freitas – De 6 de maio de 1990 a 1 de setembro de 1990.

  • Padre Joaquim Lino de Castro Neto – Nomeado em 15 de setembro de 1990, renunciou a Paróquia por motivo de doença.

  • Padre Nelci Marcos Ramos – De 19 de agosto de 1990 a 2 de março de 1991.

  • Padre Jacy Batista de Souza – Administrador Paroquial de 11 de abril de 1992 a 10 de janeiro de 1993.

  • Padre Benedito José de Mesquita – De 23 de março de 1993 a 17 de junho de 1993.

  • Padre João Ribeiro da Silva – Cooperador da Matriz de 17 de janeiro de 1993 a 17 de junho de 1993.

  • Padre Severino Correia da Silva – Administrador Paroquial da Matriz de Sant’Ana, responsável pela implantação da Pastoral do Dízimo, grande orador, reorganizou os movimentos e pastorais da Igreja, recuperou capelas que estavam em péssimo estado de conservação, realizou melhoramentos e estrutura física da Matriz. Seu governo paroquial fora de 19 de junho de 1993 a 26 de julho de 2000.

  • Padre Henrique Schuten – De 6 de agosto de 2000 a 2 de fevereiro de 2001.

  • Padre Jair Honório de Lira – De 11 de fevereiro de 2001 a 17 de outubro de 2004. Em seu governo paroquial adquiriu o Centro de Pastoral.

  • Padre Marcos Henrique de Pontes – Administrador Paroquial de 23 de outubro de 2004 a 7 de fevereiro de 2005.

  • Padre José Mariano da Silva – Pároco empossado no dia 12 de fevereiro de 2005, até 03 de maio de 2009.

  • Padre Elias Roque da Silva – Pároco empossado no dia 02 de junho de 2009.

  • Padre Jorge José de Sousa – Vigário Paroquial empossado no dia 17 de junho de 2012.

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